06 janeiro 2012

O que nos espera em 2016?


Falta tanto tempo e, ao mesmo tempo, tão pouco. Bem sabemos que ainda estamos a recuperar da reeleição do Sr. Silva mas, como é óbvio, não podemos ignorar aqueles que já estão mais do que confirmados como possíveis candidatos a Belém.
Provavelmente, e como manda a tradição presidencial portuguesa, o próximo presidente deverá ser de esquerda. Por um lado temos António Costa, actual Autarca de Lisboa, e um dos homens fortes do Partido Socialista. É, de todos os possíveis candidatos, aquele que reúne mais consenso. E já sabemos que, à semelhança do que aconteceu com Jorge Sampaio, a Câmara da Capital é uma excelente rampa de lançamento para o Palácio Presidencial. Também António Guterres, antigo primeiro-ministro socialista é um possível candidato. Há quem o aponte, por ser mais velho, como possível rival interno de António Costa. Actualmente "refugiado" no estrangeiro, poderá aproveitar a oportunidade para regressar às origens, já que José Sócrates parece estar cada vez mais longe de uma possível candidatura e o próprio Jorge Sampaio (que venceria sem dúvida com os votos da esquerda e da direita) rejeita o regresso a Belém.
À direita temos, para variar, Marcelo Rebelo de Sousa. Parece ser desta que o professor vai realmente avançar! Pelo menos a julgar pelo fim dos comentários políticos (que lhe permitem preparar a tempo inteiro uma eventual candidatura) e pelas facadinhas que tem dado a Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia (termina o mandato em 2014), antigo primeiro-ministro e, também ele, um forte candidato em 2016. No meio de tudo isto, parece não haver espaço para Santana Lopes que, certamente, já considerou a hipótese de se candidatar para, pelo menos, poder sentir o que é viver num palácio!

12 novembro 2011

MALDITA ARQUITECTURA!

Não há saídas para os jovens arquitectos...


A arquitectura está em crise e pode hipotecar o futuro dos jovens em início de carreira.

O alerta partiu do presidente da Ordem dos Arquitectos que, na semana passada, revelou à agência Lusa que mais de 40% dos 20 mil arquitectos portugueses correm o risco de ficar sem trabalho devido à paralisação do investimento público e privado. A crise afecta, principalmente, os arquitectos mais novos, "obrigados" a emigrar porque não conseguem encontrar o primeiro emprego em Portugal.

O P3 falou com três jovens arquitectos que actualmente se debatem para encontrar uma saída da crise. Três perfis distintos, três percursos complexos, a mesma ausência de expectativas.

Lamentam a sobrelotação do mercado de trabalho e falam da precariedade característica do sector. Nenhum conheceu um contrato de trabalho em Portugal. Vivem de colaborações fugazes, até porque os gabinetes, em geral, preferem recorrer a um estagiário ("mão-de-obra barata") do que a um arquitecto, problemas que, aliás, foram abordados em Outubro de 2010 na "Declaração Maldita", elaborada pela plataforma Maldita Arquitectura.

Da Bimby ao conceito "anti-crise"

Bruna Parro foi despedida em Setembro. A notícia apanhou-a desprevenida. Trabalhava num dos mais importantes gabinetes de arquitectura portugueses. Para o ano, talvez emigre para o Brasil. Para já, e enquanto não encontra um novo emprego, tem apostado ainda mais na venda de Bimbys, actividade que sempre conciliou com o emprego e até com a faculdade. "Para poder ter a minha independência, sair de casa, comprar livros, viajar, nunca foi possível viver só da arquitectura."

Pedro Dourado saltou de ateliê em ateliê. No início deste ano, um gabinete propôs-lhe uma colaboração por um período de três meses. Terminado o trabalho, juntou-se a dois amigos e arriscou. Os três fundaram o Estúdio 3, um ateliê pequeno com um conceito "anti-crise". As expectativas não estão "muito altas", mas não há muitas mais saídas na arquitectura. "Emigrar para onde?"

Rui Cancela trabalhou em Milão, fez uma pós-graduação em Arquitectura Sustentável, esteve dois anos em Londres a "ganhar o triplo" do que receberia em Portugal e está no terceiro ano de doutoramento. O CV não é garantia de emprego. Conheceu a crise no Reino Unido e voltou a encontrá-la aqui. A mulher, também arquitecta, trabalha num gabinete que se está a ressentir da "falta de pagamento dos clientes". Pensa regressar a Viseu, largar a arquitectura. "Isto não é uma crise passageira, não vai estabilizar daqui a dois ou três anos."

Artigo retirado daqui.


23 setembro 2011

Olá Outono!

Adeus Verão...


...olá Outono!

José Niza parte aos 73 anos...


Morreu José Niza. Médico de profissão, destacou-se como compositor. Venceu quatro Festivais RTP da Canção, nomeadamente em 1974 com "E depois do Adeus", música que serviu de senha para a revolução do 25 de Abril. Foi ainda deputado da bancada do Partido Socialista, onde procurou sempre dar uma imagem de independência intelectual e de seriedade. Deixou-nos esta noite aos 73 anos.

Como o vinho do Porto!

Sérgio Godinho, um dos mestres da música portuguesa, voltou em grande com um novo álbum que promete surpreender. Já na primeira posição do top de vendas nacional, este veterano homenageia, uma vez mais, todo um país com a sua música. Já lá vão os tempos da música política mas, ainda assim, este novo trabalho não deixa de ser de intervenção! Os Criadores d'Arte aconselham vivamente! O Sérgio Godinho, aparentemente, é como o vinho do Porto!

Adeus a Júlio Resende

Porto, 23 de Outubro de 1917 — Valbom, Gondomar, 21 de Setembro de 2011

12 setembro 2011

A cidade que nunca dorme...

O céu azul, 10 anos depois.



"Há dez anos, quando dois aviões embateram contra as torres gémeas em Nova Iorque e assinaram o início de um novo capítulo da História mundial, um céu azul encheu-se de fumo negro. Dez anos depois, a cidade que nunca dorme acordou mais cedo para, sob um céu igualmente azul e limpo, recordar as três mil vítimas dos ataques."

Ler aqui.

04 agosto 2011

Bons velhos tempos...

Parto sem dor...

Cá estamos nós, após uma longa pausa... A vida, por vezes, dá voltas inesperadas que nos obrigam a uma reflexão profunda sobre quem somos e quem queremos ser. Não podemos prever o Futuro mas podemos assegurar que não deixamos nada por dizer no Passado. A efemeridade - ou injustiça - da vida leva-nos a querer olhar para trás e, talvez, regressar a outros tempos. Mais um abraço, uma palavra, um instante... É tudo o que podemos desejar. Mas o tempo não anda para trás e resta-nos apenas a memória. A memória dos que partiram de repente, sem nos darem hipótese de nos prepararmos para o vazio que fica. Dizem que o tempo cura tudo mas, às vezes, mais valia que não o fizesse! Acordamos um dia sem nos lembrarmos de uma voz, de uma expressão. E a dor instala-se sem querer partir...
Aproveitemos cada ano, cada mês, cada dia, cada instante, pois chegará o dia em que a oportunidade desaparece sem deixar rasto.

29 junho 2011

Manuel Esperança - um pilar da Escola Pública

Muitos duvidavam da eleição de Manuel Esperança para a presidência do Conselho de Escolas. Aqui fica um excerto da entrevista feita por Maria João Martins em Outubro de 2010.


"Incomoda-me pensar que esta sociedade ainda não parou de descer e que devíamos todos pensar em assegurar qualidade e rigor. Não tenhamos dúvidas de que esta geração de jovens nos vai acusar de termos sido demasiado permissivos. Digo sempre aos professores aqui da escola que não podemos entrar na onda de facilitar por facilitar. Não trabalho para a estatística. Não se pode ceder a essa tentação nem pensar que, neste caso, o tempo é bom conselheiro. Os problemas da escola têm de ser resolvidos na hora. Por outro lado, estou preocupado com o ambiente que as escolas vão ter este ano com a segunda fase da avaliação de professores. Creio que vai ser outra vez um ano complicado, não gostava de reviver o ambiente que se viveu aqui na escola há dois anos. Na verdade, há muita gente que se importa realmente de ser avaliada e que fica muito tensa com esta situação. O que fatalmente se reflecte nas condições de trabalho. Por outro lado, a questão dos agrupamentos de escolas e do reordenamento da rede também não é simples. Eu não estou contra a figura dos agrupamentos de escolas, mas em alguns é uma completa loucura. Qualquer decisão na matéria deveria implicar uma participação das famílias, das autarquias e, de uma forma transparente, sem interesses partidários ao barulho."

27 junho 2011

Não canto porque sonho...

Um dos mais brilhantes poemas de sempre interpretado por Zeca Afonso e Fausto Bordalo Dias...