06 janeiro 2012

O que nos espera em 2016?


Falta tanto tempo e, ao mesmo tempo, tão pouco. Bem sabemos que ainda estamos a recuperar da reeleição do Sr. Silva mas, como é óbvio, não podemos ignorar aqueles que já estão mais do que confirmados como possíveis candidatos a Belém.
Provavelmente, e como manda a tradição presidencial portuguesa, o próximo presidente deverá ser de esquerda. Por um lado temos António Costa, actual Autarca de Lisboa, e um dos homens fortes do Partido Socialista. É, de todos os possíveis candidatos, aquele que reúne mais consenso. E já sabemos que, à semelhança do que aconteceu com Jorge Sampaio, a Câmara da Capital é uma excelente rampa de lançamento para o Palácio Presidencial. Também António Guterres, antigo primeiro-ministro socialista é um possível candidato. Há quem o aponte, por ser mais velho, como possível rival interno de António Costa. Actualmente "refugiado" no estrangeiro, poderá aproveitar a oportunidade para regressar às origens, já que José Sócrates parece estar cada vez mais longe de uma possível candidatura e o próprio Jorge Sampaio (que venceria sem dúvida com os votos da esquerda e da direita) rejeita o regresso a Belém.
À direita temos, para variar, Marcelo Rebelo de Sousa. Parece ser desta que o professor vai realmente avançar! Pelo menos a julgar pelo fim dos comentários políticos (que lhe permitem preparar a tempo inteiro uma eventual candidatura) e pelas facadinhas que tem dado a Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia (termina o mandato em 2014), antigo primeiro-ministro e, também ele, um forte candidato em 2016. No meio de tudo isto, parece não haver espaço para Santana Lopes que, certamente, já considerou a hipótese de se candidatar para, pelo menos, poder sentir o que é viver num palácio!